quarta-feira, 17 de julho de 2013
Não tenho paixões, tenho amores. Muitos. Grandes amores pequenos amores. Amo tudo o que vive e tudo que vive, vive em mim, amorosamente. A Vida, os mares, as marés. O céu, que se desfaz em brilhos na noites de junho. Os filhos que são vidas da minha vida, a quem a todos os céus que vi agradeço e a todos os mares em que entrei, entrego. Os amigos que são anjos de asas escondidas, mas que voam sem pestanejar por alturas que às vezes dá medo. Os livros que me fazem viajar por almas que se parecem com a minha. Talvez sejam até. Amo os filmes que me fazem rir, chorar, pensar, estremecer, arrepiar. As músicas que tiram meus pés do chão e colocam minha mente no benfazejo hálito de Deus. Amo a oportunidade de falar através das letras, de dizer as coisas que sinto e o que penso, que me estremecem e me desfazem por dentro, permitindo que me refaça sempre. As imagens que fixam o tempo, presente ou não, e projetam o futuro. Amo o amor. Não tenho paixões.
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