sábado, 3 de janeiro de 2015

Oráculo e um abraço:O] Em meu ofício ou arte taciturna Em meu ofício ou arte taciturna Exercido na noite silenciosa Quando somente a lua se enfurece E os amantes jazem no leito Com todas as suas mágoas nos braços, Trabalho junto à luz que canta Não por glória ou pão Nem por pompa ou tráfico de encantos Nos palcos de marfim Mas pelo mínimo salário De seu mais secreto coração. Escrevo estas páginas de espuma Não para o homem orgulhoso Que se afasta da lua enfurecida Nem para os mortos de alta estirpe Com seus salmos e rouxinóis, Mas para os amantes, seus braços Que enlaçam as dores dos séculos, Que não me pagam nem me elogiam E ignoram meu ofício ou minha arte. (Dylan Thomas) (tradução: Ivan Junqueira)

sexta-feira, 21 de março de 2014

ESPASMOS

SEM ILUSÕES PRA FUGAS TENTO PENSAR COERENTEMENTE. MAS A MENTE MELINDROSA REMETE-ME CONSTANTEMENTE A SONHOS MIRABOLANTES ACORDANDO RECENTEMENTE RECORDANDO SONOLENTAMENTE DE SONHOS REAIS DA ALMA REAL E O QUE ACONTECE REALMENTE É QUE ENTRE O REAL E O INCERTO A LINHA FINA E TENUE SEPARA-NOS INSANAMENTE ENTRE O REAL E A MENTE QUE MENTE COLOCANDO-NOS A MÁSCARA DA INCERTEZA NA LOUCURA DA VIDA BELA NESTE MUNDO PARALÉLO QUE ME CRIEI NESTA VIDA ENTRE O CERTO E O ERRADO NO DIA QUE AS MÁSCARAS CAIREM E ME MOSTRAR LIMPO, INTEIRO DESPIDO DE CONCEITOS E ÉTICAS SENDO SIMPLESMENTE EU NUA, CRUA, DESPOJADA DE TUDO DESPOJADA DO DEUS QUE CRIARAM PARA EU CRER NO SER ETERNO ESQUEÇO DO PRESENTE QUE É DÁDIVA DO EU NATUREZA VIVENDO ETERNAMENTE NO JÁ... AGARRANDO-ME AS IDÉIAS DE ETERNO SER.